Cá estou de volta depois de um big fim de semana no algarve. O tempo estava uma treta e só ontem é que deu para ir à praia. A àgua estava boa para pinguins mas eu não quis saber e, apesar de ter ficado com os tin-tins do tamanho de caroços de azeitona, lá fui dar um mergulho no mar...já cheira a verão.
Mas pelo que sei também pela costa alentejana o tempo andou chuvoso...ou então não...
Estou um pouco mais triste porque o meu Barreirense lá voltou para a segunda...mas um pouco mais feliz porque o meu FCP lá conquistou mais um...enfim, tudo de volta à normalidade e quanto a isso só posso citar um sábio do futebol "A VOSSA DOR É IMENSA".
Não posso deixar passar em claro o 25 de Abril, dia da Liberdade, mais um que se passou e estamos todos a ficar velhotes...quero ver mais logo no arena de Coina.
Sábado tenho despedida de solteiro do Engi e quero ver se trago fotos...até lá um abraço.
Este Sábado fui à IKEA. Sim, eu sei...até posso sentir esse vosso sorriso...uns a pensarem "toma lá para veres o que eu também sofro" e outros a pensarem "é por causa dessas e outras tais é que eu não as aturo". Mas enfim, adiante, fui à IKEA (e reparem que digo "à" e não "ao IKEA" o que só por isso faz de mim um entendido), mas desta vez com uma filosofia diferente.
Assim, e em vez de penar como de costume, deambulando por entre corredores cheios de coisas de que não necessito, optei por uma abordagem diferente ao suplício. Concentrei-me a analisar os outros. É fabuloso.
Elas, todas sem excepção, com um sorriso quase infantil, tipo uma criança numa loja de brinquedos, vão falando, mexendo, corredor à esquerda, corredor à direita. Nada lhes escapa e é quase como se o tempo pudesse parar (e acho que pára mesmo) e elas ali permanecessem num limbo da felicidade consumista. Eles lá se vão arrastando, com cara de quem preferia estar no dentista, ouvindo as explicações e justificações para a compra de milésimo pratinho ou copo ou seja lá o que for. Aqui e ali assiste-se a um arrufo, com um que não aguentou mais, elas amuam e atiram com as coisas, viram costas e lá vão.
Mas, de uma forma geral a coisa corre bem. E porquê? Porque estes suecos não andam a dormir. À entrada temos à nossa disposição um lápis, uma fita métrica e um bloco de notas. E isso meus amigos, faz toda a diferença. É que um homem com um lápis, uma fita métrica e um bloco de notas não é um homem que anda às compras, não senhor, é um homem que cumpre uma das suas funções na terra. É um engenheiroarquitectoconstrutor. Tudo junto. Eles medem, fazem as suas anotações, os esquemas com as medidas, explicam à cara metade que "assim não pode ser porque as medidas não dão e seria necessário efectuar um corte transversal e....".
E depois na caixa, com uns grandes caixotes no carrinho de compras olham em volta, com ar altivo como quem diz "sim, eu quando chegar a casa vou montar estes móveis todos, sózinho, porque sou um homem".
Um lápis, uma fita métrica e um bloco de notas. Somos tão facilmente enganados...
Ontem ouvi algo em que não queria acreditar. Ao que parece está agendada para a próxima sexta feira o início de uma dance party na ilha da Madeira que contará com djs de renome incluindo o Roger Sanchez. Impecável. Só que existe um pequeno problema: Sexta feira dia 14 é Sexta Feira Santa. Vai daí a Igreja Católica local não gostou nada da ideia. Ouvi falar em "terrorismo pago com o dinheiro de judas" , e vi o senhor Bispo muito indignado. Fez inclusive um apelo aos jovens da Madeira:
“não vos deixeis seduzir em Sexta-Feira Santa por um evento musical que é uma falta de respeito às convicções religiosas do nosso povo. Sexta-Feira Santa é um símbolo sagrado, pois é o dia da Morte de Jesus.
Faltar ao respeito aos símbolos ofende e faz sofrer os que têm fé. O dinheiro não compra tudo, nem vale tudo. Há valores mais altos. Seduzir jovens para um mega-concerto em Sexta-Feira Santa para negócio é sujar as mãos com o dinheiro de Judas”. D. Teodoro de Faria.
Ora bem, afinal de contas também a igreja católica se sente ofendida. É que quando se tratou dos muçulmanos, que viram o seu messias ser grosseiramente caricaturado, e lembre-se que a mera reprodução gráfica já é, para essa cultura, considerada uma ofensa, não eram mais do que um povo atrasado, retrógado e bárbaro.
Aparentemente também a nós, Europeus de refinada cultura e brandos costumes, nos salta a tampa por causa da religião.
Por isso lembrem-se meus amigos, nada de ir abanar o rabinho na sexta feira ao som da música do demo paga com o dinheiro de judas...