Terça-feira, 21 de Junho de 2005
Verão quente de 94
...Procurei por ela naquela espuma macia, vejo corpos desinibidos quase nus dentro daquela máquina de música. A discoteca estava praticamente vazia naquele momento, até surgir uma leve brisa de verão que arrastou meus olhos fixamente sem sequer pestanejar.
Era a tal miúda que sorria abundantemente para mim enquanto se exercitava naquela areia molhada no tarde de anteontem, seduzidos discretamente trocamos uns sinceros olhares daqueles que fazem vibrar o nosso coração. Fiquei naquela noite a pensar como seria beijar um lábio sensual e quente como aquele que presenciei dias a fio.
Entre suspiros rejeitei timidamente convites femininos para passear ao longo duma costa algarvia cada vez mais habituada a minha presença, mas sem romance á mistura. Procurava um amor de verão como se costuma dizer entre amigos, Procurava uma pitada de sal no meu coração...e para eu que queria alguma acção, aquele verão tinha de mudar. Empurrei a minha timidez para fora de mim, procurei finalmente a aventura...ingerindo algum álcool prometi a mim mesmo que era eu que ia tomar a iniciativa de conhecer a minha alma gémea daquele verão.
A situação ficou mais complicada quando uns “abutres” de óculos escuros procuravam conquistar a “minha paixão de verão”. Compreendi mesmo naquele instante que a “Trela” estava mesmo virada para mim visto que apercebendo-se da minha presença esquivou-se inocentemente para pedir um copo de sangria. Ao longo da noite a aproximação sucedeu-se vagarosamente, falamos de relações entre pessoas e de sentimentos perdidos ao longo das nossas vidas.
Demorei a perceber e a compreender que com aquela meia dúzia de minutos não se consegue conquistar ninguém com dois dedos de testa. Combinamos mais algumas saídas nocturnas para que aquele beijo que ambicionávamos não se perdesse entre memórias amorosas. E finalmente quando esse momento chegou parecíamos velhos amantes comprometidos de tanta ousadia. Entre saudades e algumas lágrimas na despedida prometemos a nós mesmos que iríamos encontrar o nosso “Sapo enfeitiçado” sem olhar para atrás. Trocamos números de telefone para que pudéssemos matar algumas das saudades que nos iríamos fazer ressacar daquela paixão de verão.
Foi uma quente paixão de verão que me fez despertar para uma vida recheada de pequenas e doces aventuras...


publicado por tonymorgadinho às 17:31
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11 comentários:
De Anónimo a 21 de Junho de 2005 às 18:09
FODA-SE... Desta vez passou-se por completo!!! Ó Bacano, agora andas a bater no copy/paste? TÁS TODO ARDIDO. Deve ser de snifares muita cola de assentar soalho.kappa
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